Museu do Pico apresenta o filme "Não me importava morrer se houvesse guitarras no céu"

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O Museu do Pico irá apresentar no Auditório do Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico, no dia 27 de Fevereiro, o filme sobre o “bailho” Chamarrita no Pico e no Faial Não me importava morrer se houvesse guitarras no céu.

Do realizador Tiago Pereira este documentário, produzido pela Associação Cultural Música Vadia, e financiado pela Direção Regional de Cultura do Governo Regional dos Açores, pretende consciencializar a opinião pública sobre a existência e o valor único do património imaterial português, em especial de uma prática musical coreografia proveniente dos Açores, o baile mandado Chamarrita.

Com este trabalho pretende-se descobrir e transmitir as influências a que estas comunidades do canal foram expostas e o modo como se foram atualizando nas suas práticas quotidianas. Esta dança é praticamente desconhecida no Continente Português mas, hoje em dia, especialmente nas ilhas do Faial e Pico, está muito viva e ativa em vários tecidos da comunidade.

Assim, procurar-se-á descobrir o que é hoje a Chamarrita e como se envolve com as pessoas, como se mistura com outros contextos e com outros sujeitos, como um musico personagem procura nela sons que o cativem, técnicas especiais de tocar o instrumento tradicional viola da terra, formas em que ela se funde com as ilhas e com o seu isolamento.

Propõe-se também contribuir para mudar a mentalidade negativa de olhar e pensar a cultura tradicional e popular portuguesa, dando a conhecer uma ideia de cultura bem mais rica e singular do que se possa presumir. Quer-se provocar um olhar renovado para as particularidades das praticas quotidianas que muitas vezes se desprezam, banalizam ou se perdem com o desaparecimento das gerações mais velhas. Ensinar as pessoas a considerar e a valorizar o seu património imaterial é, sobretudo, a mensagem a deixar.

A sessão está prevista para as 21:00h com entrada livre.