Lançamento do livro «Poesia. Filomena Serpa», recolha de Carlos Enes
Sobre
Será apresentada no próximo dia 6 de julho, pelas 19h30, no salão nobre dos Paços do Concelho das Velas (São Jorge) a obra Poesia. Filomena Serpa, recolha de Carlos Enes, cuja apresentação estará a cargo de Maria Leocádia Regalo.
Após a leitura de um trabalho de Raimundo Belo, registando a poesia publicada na imprensa por Filomena Serpa, Carlos Enes ficou motivado a seguir-lhe o rasto e conhecer o conteúdo da obra recenseada. Ao ter acesso a um caderno com poesias inéditas. Confrontando a versão manuscrita com a recolha feita na imprensa, constatou que há trinta e uma poesias inéditas, todas elas escritas até 1898, e que são raras as diferenças do texto em relação à versão publicada. Da conjugação de todas as diligências resultou esta coletânea que se julga bastante completa, ordenada por ordem cronológica de escrita.
Leocádia Regalo: licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e tem desenvolvido a sua atividade cultural como professora, formadora, crítica literária e tradutora. Publicou estudos e obras de carácter didático-pedagógico, em edição e em revistas da especialidade. Tem colaboração na imprensa escrita. É na poesia que se afirma na criação literária, tendo publicado na Palimage Editores Pela Voz de Calipso (1998), Sob a Égide da Lua (1999) Tons do Sul (2011) e, na Editorial Caminho, Passados os Rigores da Invernia (2003). Lia no país da poesia é o seu primeiro livro de literatura para a infância, ilustrado com pintura de Maria Guia Pimpão, publicado na Palimage/Terra Ocre Edições, em 2014 (1.ª edição) e 2015 (2.ª edição), tendo sido integrado no Plano Nacional de Leitura. Está representada em antologias, revistas, jornais e blogues.
Filomena Furtado Serpa nasceu nas Velas a 8 de agosto de 1861 e faleceu na então vila da Praia da Vitória a 17 de setembro de 1930. O meio cultural em que cresceu permitiu-lhe a aprendizagem de várias línguas tendo mesmo escrito algumas poesias em francês. Desde jovem revelou inclinação para a poesia e a sua primeira publicação surgiu aos 15 anos de idade, no jornal O Jorgense onde colaborou também pontualmente. A vida cultural, na época em que ela ali residiu, era dinamizada por um grupo muito restrito. As censuras, com destaque para os homens, que lhe chamam de tola, pretensiosa, grosseira e doida, cansaram-na e desanimaram-na. Mesmo não dando à estampa os seus versos, o ano de 1879 foi produtivo, como se constata pelos dezassete poemas que escreveu. Em 1880 passa a enviar, então, os seus poemas para o Novo Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro, dirigido pelo poeta António Xavier Rodrigues Cordeiro, mas optando por fazê-lo sob o pseudónimo de Alice. Em 1882 optou por se identificar, mas em 1885, o pseudónimo voltou a surgir, desta vez com uma máscara masculina: Carlos César.
Publicou também no Almanaque, no jornal A Persuasão e n'A União.
Filomena Serpa foi incluída na Antologia Poética dos Açores elaborada por Ruy Galvão de Carvalho, em 1979, que considera os seus poemas "inspirados, além de refletirem uma delicada sensibilidade e de retratarem, fielmente, uma alma inclinada ao bem e à ternura; ao culto do amor, em suma, simplicidade e lirismo – eis, em síntese, a caraterística principal das poesias desta ilustre Senhora que honrou no seu tempo a literatura açoriana.
Contactos do Promotor
Apartado 67
ou
Alto das Covas
9700-220 Angra do Heroísmo
Telefones: (351) 295 214 442 e (351) 295 215 825
Fax: (351) 295 214 442
Email: [email protected]
Contactos do Promotor
Apartado 67
ou
Alto das Covas
9700-220 Angra do Heroísmo
Telefones: (351) 295 214 442 e (351) 295 215 825
Fax: (351) 295 214 442
Email: [email protected]
