Lançamento do livro «Estranhos em Terra Estranha - Cartas dos Açores (1916-1919)», de Marion Hartley

Lançamento do livro «Estranhos em Terra Estranha - Cartas dos Açores (1916-1919)», de Marion Hartley

2015-07-07
18:30
Galeria do IAC
Literatura/Literature

Sobre

O Instituto Açoriano de Cultura apresenta ao público, pelas 18h30 do dia 7 de julho, na galeria da sua sede, o livro «Estranhos em Terra Estranha: Cartas dos Açores (1916-1919)», de Marion Hartley, obra anotada e traduzida pela Professora Doutora Elisa Gomes da Torre, cuja apresentação estará a cargo do Dr. Álvaro Monjardino. A edição em referência integra-se na reflexão necessária que vem sendo feita a uma escala global, face à passagem do primeiro centenário do início da 1ª Grande Guerra, demonstrando aspetos desse período conturbado, que vistos sob um olhar estrangeiro, nos ajudam a entender a época, suas vivências e o modo como os Açores contrastavam com o mundo exterior. “(…) A autora, que, supostamente, iria visitar a ilha de S. Miguel durante os meses de inverno, foi lançada para uma permanência na ilha por três anos, dada as dificuldades de viajar impostas pela Grande Guerra. As cartas, coligidas em livro na fase terminal da sua vida, são o cumprimento de uma promessa feita a uma amiga nos Estados Unidos, aquando da despedida de ambas, destinatária amável que permite o tom ligeiro, familiar, genuíno e descontraído com que a autora vai comentando e descrevendo a sua vida nos Açores. (…) Por ora, divulgamos este curioso olhar motivado na permanência ocasional de uma inglesa em S. Miguel no período marcante da Europa que foi a Grande Guerra. O olhar de uma inglesa atenta ao mundo, à beleza natural, à condição feminina, forçada a ficar por três anos numa ilha no meio do Atlântico, num misto de vontade de partir e de ficar, afinal, como é marca do verdadeiro ilhéu.” Elisa Gomes da Torre, Estranhos em Terra estranha “Em setembro de 1914, tivemos de ir a Nova Iorque para tratar de assuntos envolvendo questões com as nossas propriedades nos Estados Unidos. Uma vez terminada a ação judicial, em setembro de 1916, decidimos passar o inverno nos Açores e voltar a Inglaterra na primavera de 1917. Este plano foi frustrado por dificuldades surgidas quanto à possibilidade de viajar e de arranjar navio o que nos obrigou a ficar na ilha de S. Miguel até ao final da Guerra. Nessa altura, pensámos que se ficássemos mais seis meses na ilha, as condições em Inglaterra entretanto melhorariam, pelo que só chegámos a Inglaterra em junho de 1919. Estas cartas contam a história da nossa vida simples em S. Miguel sem o acrescento de nenhuma ficção.” Lyceum Club, Londres Marion Hartley Elisa Gomes da Torre é professora auxiliar da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Investigadora do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto e Colaboradora no Centro de Estudos sobre o Imaginário Literário da Universidade Nova de Lisboa. Doutorada em Literatura Medieval Portuguesa e Especialista em Filosofia Medieval, prepara a tradução inédita para português diretamente do latim das “Collationes” de Pedro Abelardo e preparou a edição crítica do Diálogo de preceitos morais em modo de jogo, de João de Barros, a ser publicado online em breve. Foi visiting fellow da Universidade de Oxford no Trinity Term de 2013, cujo estatuto mantém até junho de 2016. Com incursões de investigação também na área da literatura tradicional, estuda as danças de entrudo da Ilha Terceira. Álvaro Monjardino é advogado, investigador e político, natural dos Açores. Foi deputado independente à Assembleia Naciona do Estado Novo, eleito nas listas da ANP, por Angra do Heroísmo (1973-1974), integrou a Junta Regional dos Açores e foi deputado, pelo PSD, eleito nos Círculos da Graciosa e Terceira, e primeiro presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores (1976-1984). Ocupou o cargo de Ministro-adjunto do Primeiro-ministro no IV Governo Constitucional, de 1978 a 1979. Distinguiu-se como historiador e estudioso de matérias jurídicas, tendo publicado vários escritos. Foi presidente da Direção do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1984-1999). Foi um dos principais obreiros do processo que levou à classificação do centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade na lista da Unesco. Foi diretor do diário A União, periódico da cidade de Angra do Heroísmo no qual mantinha assídua colaboração.

 

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INSTITUTO AÇORIANO DE CULTURA
Apartado 67
ou
Alto das Covas
9700-220 Angra do Heroísmo
Telefones: (351) 295 214 442 e (351) 295 215 825
Fax: (351) 295 214 442
Email: [email protected]
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