Grémio das 9 "Uma coisa ingénua em que se poderia ter confiado"

Sobre

A partir da leitura do texto “O coelacanto”, incluído em Os Passos em Volta, de Herberto Helder, Inês Fonseca Santos, vem ao Grémio das 9 a 4 de março, propor uma reflexão sobre a natureza da poesia assente na possibilidade de espanto e no reencontro com o outro.

A poesia, tal como a ictiologia, pode ser uma ciência rebelde. Sempre esquiva, implica dedicação, investigação, imaginação e a capacidade de se insistir numa linguagem invisível feita de empatia e amor. “Uma coisa ingénua”, portanto, na qual se confia, apesar das provas do seu suposto desaparecimento.

Inês Fonseca Santos (Lisboa, 1979) Escritora e jornalista. Licenciou-se em Direito e tirou o Mestrado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea. Publicou, entre outros, o volume Regressar a Casa com Manuel António Pina (Abysmo; inclui o filme As Casas Não Morrem, realizado por Pedro Macedo); os livros de poesia As Coisas (il. João Fazenda; Abysmo), A Habitação de Jonas (il. Ana Ventura; Abysmo), Suite sem vista (Abysmo), e Os Grandes Animais (il. João Maio Pinto; Abysmo); os livros para a infância e a juventude A Palavra Perdida (il. Marta Madureira; Arranha-Céus), José Saramago – Homem-Rio (il. João Maio Pinto; Pato Lógico/INCM), Vincos (il. Nicolau; APCC), A Cidade (il. Beatriz Bagulho; CCB/INCM), Um milhão de rebuçados (il. Marta Monteiro; Pato Lógico) e António Variações – Fora de tom (il. Mantraste; Pato Lógico/INCM). Faz o programa Todas as Palavras (RTP3), é guionista dos espetáculos para a infância do projeto Boca Aberta (Teatro Nacional D. Maria II) e especialista do Plano Nacional de Leitura.