Documento do Mês | "Vida e Obra" de Ramiro Machado Valadão

Sobre

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro promove a iniciativa “Documento do Mês”. Neste mês de março, celebram-se 104 anos do nascimento de Ramiro Machado Valadão. Para celebrar a data, apresentamos ao público uma exposição na sala do Arquivo sobre a vida e obra do jornalista e Diretor dos Serviços de Informação do SNI durante o período do Estado Novo e Presidente da RTP. Estará também exposta a sua atividade como deputado e a sua intervenção no problema das comunicações aéreas, marítimas e telefónicas entre os Açores e o Continente português nas décadas de 50 e 60 do século passado.

Visite a Sala de Consulta do Arquivo e conheça este documento que estará em destaque durante todo o mês no horário das 9:00 às 19:00 horas.

Nota Biográfica:

Ramiro Machado Valadão

Ramiro Machado Valadão [Angra do Heroísmo, 21 de março de 1918 — Lisboa, 19 de setembro de 1997] filho do advogado e político Francisco Lourenço Valadão Júnior, uma das personalidades dominantes do panorama político da ilha Terceira. Estudou no Liceu de Angra do Heroísmo, prosseguindo estudos em Coimbra, onde se licenciou em Ciências Histórico-filosóficas. Foi presidente da Academia de Coimbra (1939-1941), fundador e diretor do jornal Via Latina, órgão da Academia. A sua ligação à imprensa fez-se desde muito cedo, colaborando no Fradique, Acção, foi secretário da direção do Diário Popular (1941-1945), diretor da revista Panorama (1946), editada pelo Secretariado Nacional de Informação, para além da colaboração em outros jornais como o Diário da Manhã, A Voz, e alguns periódicos açorianos, com destaque para o Diário Insular. Esteve, também, presente em 1971 no Voo inaugural da TAP entre as Lajes e Lisboa.

Preso em dezembro de 1974, foi julgado a partir de abril de 1975, e acusado de crimes de abuso de confiança e burla durante o período em que presidiu à Rádio Televisão Portuguesa. Pagou uma caução e fugiu para o Brasil, livrando-se do cumprimento da pena de quatro anos. Após amnistia em 1983, regressou a Portugal, mantendo sempre a sua posição ideológica.