Autores Açorianos | Cristóvão de Aguiar

Sobre

A Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro promove uma mostra intitulada “Autores Açorianos”, de 7 a 26 de fevereiro dedicado ao escritor Cristóvão de Aguiar, na sala de leitura e empréstimo domiciliário.

Como forma de homenagear os vários autores açorianos, a Sala de Leitura terá um espaço onde serão destacadas, mensalmente, as suas obras.

Visite esta mostra, conheça os autores e obras açorianas e descubra o património literário da região.

Cristóvão de Aguiar (nome literário de Luís Cristóvão Dias de Aguiar) é natural da Ilha de São Miguel, onde nasceu em 1940. Em 1960 inscreveu-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pela qual se viria a licenciar em Filologia Germânica no ano de 1971. Interrompeu os estudos de 1964 a 1967 para cumprir o serviço militar: primeiro frequentou o Curso de Oficiais Milicianos em Mafra, passando pelo Regimento de Infantaria nº 15 em Tomar e partindo depois para a atual Guiné-Bisssau. A sua primeira publicação, antes de partir para a Guerra Colonial, foi o livro de poesia Mãos Vazias (1965).

Já de regresso a Portugal e após a conclusão do curso, começa a lecionar na Escola Comercial e Industrial de Leiria. Foi redator da revista Vértice (1967-1982), Leitor de Língua Inglesa na Universidade de Coimbra (1972-2002), entre outras colaborações.

A participação na Guerra Colonial foi um fator decisivo na vida pessoal do escritor e consecutivamente uma influência relevante nos 40 anos da sua vida literária, inspirando obras como Braço Tatuado (1990) ou Ciclone de Setembro (1985). O mesmo se verifica com as suas experiências como açoriano, ou o sentimento de ilhéu, assim como a imigração, elementos que se transpuseram em títulos como Raiz Comovida (1978-1981).

Pelo seu contributo para a literatura portuguesa e açoriana, Cristóvão de Aguiar recebeu, entre outros, o Grande Prémio de Literatura Biográfica da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio Literário Miguel Torga, foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique, recebeu a Insígnia Autonómica de Reconhecimento da Região Autónoma dos Açores e a Medalha Municipal de Mérito do concelho da Ribeira Grande.