Apresentação da obra poética de Pedro da Silveira "Fui ao Mar buscar Laranjas - Poesia reunida"
Sobre
PEDRO DA SILVEIRA, UMA VOZ A (RE)DESCOBRIRDia 20 de setembro, pelas 18h00, é apresentada em Lisboa, na Biblioteca Nacional, a obra poética de Pedro da Silveira Fui ao Mar buscar Laranjas - Poesia reunida, editada pelo Instituto Açoriano de Cultura. A apresentação estará a cargo da Professora Doutora Fátima Freitas Morna e do Escritor Urbano Bettencourt.
Nesta obra reúnem-se não só as obras publicadas em vida pelo autor, como também um conjunto importante de dispersos e o livro, até agora inédito, Ossos na Areia. Todo o trabalho de recolha e edição foi levado a cabo por Urbano Bettencourt, cuja sensibilidade e conhecimento são unanimemente reconhecidos. O livro agora publicado inaugura uma nova coleção deste Instituto, a Coleção Poesia, que visa dar a conhecer relevantes poetas açorianos cuja obra não tem merecido o devido destaque.
Ficha técnica
Título Fui ao Mar buscar Laranjas. Poesia Reunida Autor Pedro da Silveira Coordenação Urbano Bettencourt Coleção Poesia Edição Instituto Açoriano de Cultura Data Julho de 2019 Número de páginas 424Preço 15,00
ISBN 978-989-8225-61-0 PEDRO DA SILVEIRA (1922-2003) foi agricultor, escriturário, delegado de informação médica, historiador, tradutor e bibliotecário. Nasceu no ponto mais ocidental da Europa, na ilha das Flores. Publicou quatro livros de poesia: A Ilha e o Mundo (1952), Sinais de Oeste (1962), Corografias (1985) e Poemas Ausentes (1999). Poeta rigoroso e erudito, que esteve na origem da Enciclopédia Açoriana, morreu sem ter visto concluída a publicação da sua obra poética, Fui Ao Mar Buscar Laranjas, de que apenas saiu o 1.º volume, em 1999. O Instituto Açoriano de Cultura reuniu dispersos e foi ao espólio buscar o livro inédito e pronto para publicação Ossos na Areia, num trabalho de edição coordenado por Urbano Bettencourt.O livro que agora se publica inaugura a nova coleção deste Instituto dedicada à poesia açoriana. Modo de prestar homenagem a um açoriano cosmopolita, que passou pelo anarco-sindicalismo, tinha um profundo conhecimento da literatura portuguesa e de outras partes do mundo e parecia ter caído no luso esquecimento.
Natural da freguesia da Fajã Grande, ilha das Flores, onde nasceu em 5 de setembro de 1922, Pedro Laureano de Mendonça da Silveira faleceu aos 80 anos, em Lisboa, a 13 de Abril. Concluída a instrução primária na escola da terra que lhe serviu de berço, frequentou durante um ano o Seminário de Angra do Heroísmo. Completou os estudos liceais naquela cidade e em Ponta Delgada, onde iniciou a sua participação na vida literária. Fixou-se definitivamente em Lisboa no ano de 1951.
Deixou colaboração vasta e dispersa por jornais e revistas como “O Comércio do Porto”, “O Primeiro de Janeiro”, “Vértice”, “O Diabo”, “Seara Nova”, “Colóquio-Letras” e ainda no “Diário dos Açores”, no jornal “O Monchique” e na “Revista Municipal das Lajes das Flores”, bem como alguns estudos sobre a história e o folclore dos Açores, em publicações da especialidade.
Dedicou especial atenção à sua ilha natal, como o comprova a publicação de Para a história do povoamento das Ilhas das Flores e do Corvo: com três documentos inéditos (1960), Materiais para um romanceiro da Ilha das Flores (1961), Catorze trovas e um conto recolhidos na Ilha das Flores (1986) e Das tradições na Ilha das Flores (1987).
FÁTIMA FREITAS MORNA é licenciada em Filologia Românica e doutorada em Letras (Literatura Portuguesa) pela Universidade de Lisboa, em cuja Faculdade de Letras é, atualmente, Professor Associado, lecionando Literatura Moderna e Contemporânea, tanto portuguesa como espanhola. Ensinou também em universidades dos Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca e Espanha. As suas publicações abrangem estudos sobre a poesia romântica, a Geração de 70, o primeiro Modernismo português e a obra de autores como Jorge de Sena, Vitorino Nemésio e Sophia de Mello Breyner Andresen.
URBANO BETTENCOURT (Piedade, ilha do Pico, Açores, 1949) é licenciado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. Doutorado em Estudos Portugueses pela Universidade dos Açores, onde lecionou de 1990 a 2014.
No domínio da investigação literária têm-lhe merecido particular atenção as literaturas insulares, sobre as quais já proferiu conferências em Cabo Verde, Madeira, Canárias e Açores; uma parte dessa investigação encontra-se reunida nos seguintes volumes: O Gosto das Palavras (3 vols.: 1983, 1995; 1999); De Cabo Verde aos Açores – à luz da Claridade (1998); Ilhas conforme as circunstâncias (2003); O amanhã não existe. Inquietação insular e figuração satírica em José Martins Garcia, 2017.
Tem ainda publicada outra obra no domínio da narrativa e da lírica: Raiz de Mágoa, 1972; Ilhas (em parceria com Santos Barros), 1977; Marinheiro com residência fixa, 1980; Naufrágios Inscrições 1987; Algumas das Cidades, 1995; Lugares sombras e afectos, 2005; Santo Amaro Sobre o Mar, 2005; Antero, 2006; Que paisagem apagarás, 2010; África frente e verso, 2012; Outros nomes outras guerras, 2013; Com navalhas e navios. Poesia reunida, 2019.
Contactos do Promotor
Apartado 67
ou
Alto das Covas
9700-220 Angra do Heroísmo
Telefones: (351) 295 214 442 e (351) 295 215 825
Fax: (351) 295 214 442
Email: [email protected]
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