A Solidão da Casa do Regalo
Sobre
Uma das premissas do Estúdio 13 – Espaço de Indústrias Criativas é a difusão da cultura regional, em primeira instância pelas ilhas, de forma a propiciar a circulação da produção regional, levando os espetáculos, formações e outras iniciativas ao maior número possível de Açorianos. Através de diversas parcerias com instituições, grupos e associações regionais, pretendemos que haja uma partilha, valorização e incentivo à produção regional e à consequente profissionalização. É neste sentido que recebemos, uma vez mais, na nossa BlackBox, o Alpendre, Grupo de Teatro, desta vez com a "a Solidão da Casa do Regalo".
Um texto de Álamo Oliveira, vencedor do prémio "Almeida Garrett, atribuído pela Direcção Regional da Cultura.
Sinopse: "Monte Brasil (Angra do Heroísmo). Voltada para a baía, a casa é um regalo para os olhos. Menos para D. Afonso – o VI –, exilado e espoliado da esposa e do reino. Partilha os dias e as noites com a solidão e com o seu pajem. Coxo, doente, envelhecido, D. Afonso é a máscara de todas as desolações. E, no entanto, tem apenas 33 anos. Vive sobre o arame da loucura e do pânico. Não distingue a luz da sombra ou mesmo da escuridão. Hesita entre ser criança e adulto; entre ser virtuoso e perverso; entre estar louco ou lúcido. Todas as ambiguidades o enformam. O Pajem é o seu espelho mais próximo. E também o seu bordão. A ele se arrima sempre que chega ao cume da loucura. É o que lhe resta de afecto e de capacidade para conviver e exorcizar os seus fantasmas. Por isso, chega a perder-se a fronteira que separa a lucidez de um da loucura do outro." Ficha Técnica Texto: Álamo Oliveira Encenação: Belarmino Ramos Interpretação: Belarmino Ramos e Markus Trovão Operação de som e luz: Pedro Santos Produção: Alpendre Grupo de Teatro. Apoio: Direção Regional da Cultura.
