"À Procura do HMS Revenge: A Azores Marine Archaeological Expedition de 1972" por Patrick Baker
Sobre
O Her Majesty Ship Revenge foi um galeão da Royal Navy, construído em 1577. Capitaneado por Sir Francis Drake em 1587, participou na contenda de Cádis, em 1588. Capitaneou a frota inglesa na batalha de Gravelines, vitoriosa contra a “Armada Invencível” e em 1589, participou na expedição Drake-Norris, com o objetivo de fazer colocar no trono português, D. António, Prior do Crato.
Em 1591, integrou uma armada de vinte e dois navios, liderada por Sir John Hawkins que se dirigia para a ilha das Flores, com o intuito de interceder e assaltar a frota espanhola, proveniente das Américas. A Armada de guerra espanhola reagiu e Sir Richard Grenville, que capitaneava então o HMS Revenge, ordenou que o navio entrasse em combate solitário, sacrificando-se, de modo a permitir a fuga dos compatriotas. Veio rebocado até à ilha Terceira, onde uma súbita tempestade o afundou.
Sydney Wignall e Baptista de Lima criaram a primeira equipa de arqueologia subaquática internacional, em território português, com vista a detetar os destroços. Em 1972 iniciaram-se os trabalhos, mas sem sucesso. Todavia pelo número de achados identificados, o Ministério da Educação e o Ministério da Marinha, criaram a primeira reserva arqueológica subaquática portuguesa, a baía de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, a 26 de fevereiro de 1973.
“Sink me the ship, Master Gunner! – Sink her! Split her in twain! (...) Fall into the hands of God, not into the hands of Spain!”
Lord Alfred Tennyson, “The Revenge: a ballad of the fleet”
Com cerca de 45 anos de carreira em fotografia relacionada com a arqueologia subaquática, reflexo de uma paixão que Patrick Baker carrega consigo desde os 10 anos de idade, quando lia artigos escritos pelos primeiros especialistas da área, em revistas da National Geographic e via programas de televisão sobre os pioneiros do mergulho. Desde 1963, época em que se começou a aplicar afincadamente na aprendizagem do mergulho e em formações de fotografia subaquática, tem vindo a acompanhar os trabalhos dos mais famosos arqueólogos subaquáticos do mundo, incluindo o seu atual projeto, com o coordenador do Departamento de Arqueologia Subaquática do Museu do Oeste da Austrália, Jeremy Green.
Viajou por todo o mundo nesta sua saga, desde o Chipre, passando pela Suécia, Escócia, Grécia, África do Sul, Espanha, Açores e muitos outros locais. Patrick constitui-se como uma das maiores autoridades na área da fotografia técnica, afamado pelos seus planos panorâmicos, que revolucionaram a forma como os especialistas avaliam o potencial dos sítios arqueológicos em estudo. Colaborou diretamente em projetos de escavação de alguns dos mais famosos naufrágios do mundo como, por exemplo, o Mary Rose, o Batavia, o Pandora, o Bounty e tantos mais.
O seu regresso aos Açores prende-se com o desejo de completar uma missão que, em 1972, ficou inacabada: encontrar o HMS Revenge, um dos mais famosos galeões ingleses, que afundou ao largo da Terceira, no seguimento de uma pesada derrota às mãos de uma frota espanhola, junto à ilha das Flores. Não veio para completar este trabalho, na sua avançada idade, mas sim recordar os passos que Sydney Wignall - chefe da expedição e reputado arqueólogo inglês – tomou na busca pela embarcação. Transmitindo o seu conhecimento às atuais gerações de arqueológicos e estudiosos da história insular, Patrick espera que o espírito aventureiro daquela época, possa contagiar e inspirar a novas descobertas
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